Filho de Emília Ferreira e de José Rodrigues Ferreira, nasceu em Lisboa em 13-09-1893.
Com a profissão de descarregador, foi vigiado desde, pelo menos, junho de 1930, mantendo ligações, entre outros, com António Branco, Arnaldo Marques, Cândido de Abreu, farmacêutico, David Cardoso, Augusto Mariz, João Dias Ferreira, "O Pirralho", e o ex-Tenente Quilhó, foi preso em 30-01-1931, "por estar implicado em manejos revolucionários". Evadiu-se da Esquadra da Pampulha em 05-02-1931, tendo permanecido em Lisboa com o nome de António dos Santos.
Novamente preso e entregue pela PSP de Lisboa em 25-06-1932, "por se haver evadido da esquadra da Pampulha em 5 de Fevereiro do ano findo, andando fugido até esta data" e ser considerado um "elemento perigosíssimo". Recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Em 24-10-1932, por parecer do Diretor da Secção Política e Social e despacho do Ministro do Interior, foi determinado que lhe fosse fixada residência obrigatória em Timor.
Julgado pelo TME em 14-08-1934, foi condenado a dez anos de degredo numa das colónias à escolha do Governo, com prisão, e vinte mil escudos de multa, ficando, depois à disposição daquele. Seguiu, em 23-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, integrou a 1.ª leva de presos políticos enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal, sendo libertado, por ordem do Ministro da Justiça, em 10-12-1946.