Marmorista, Abílio Augusto Belchior foi preso por fazer parte da Confederação Geral do Trabalho e acusado de participar em atentados. Condenado a degredo, com prisão, foi enviado para a Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, e integrou a primeira leva de presos que seguiu para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu.
Filho de Maria Joaquina e de Manuel dos Santos Belchior, nasceu em Urros, Concelho de Moncorvo, em 1 de Janeiro de 1898.
Com residência no Porto, onde trabalhava como marmorista, foi detido naquela cidade em 2 de Janeiro de 1932, «por fazer parte da Confederação Geral do Trabalho» e libertado em 13 de Fevereiro.
Novamente detido em 14 de Abril de 1932, acusado de ter participado no atentado de 2 de Janeiro, juntamente com Francisco Alberto, contra Francisco do Passo, Adjunto da Polícia Política do Porto.
Por parecer do Director-Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, foi-lhe fixada, em 22 de Junho, residência na Ilha Terceira, Açores.
Em 16 de Julho de 1932, entrou na Penitenciária de Lisboa, vindo do Porto, ficando a aguardar o embarque para os Açores.
Voltou à Cadeia da Relação do Porto para, em 26 de Julho de 1933, ser julgado pelo Tribunal Militar Especial, o que sucedeu só no ano seguinte, em 23 de Junho de 1934, sendo condenado a 14 anos de degredo, com prisão, e na multa de vinte mil escudos.
Entrou no Aljube de Lisboa em 19 de Março de 1935 e, em 23 de Março, embarcou para Angra do Heroísmo no vapor Carvalho Araújo .
No ano seguinte, em 23 de Outubro, Abílio Augusto Belchior integrou a primeira leva de presos políticos enviada para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu em 29 de outubro de 1937, com 39 anos de idade.
Abílio Augusto Belchior
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Data da primeira prisão