Corticeiro, filho de Bernardo Montes e de Laura Montes, nasceu em Almada a 11 de setembro de 1912.
Militante libertário, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 30 de janeiro, foi acusado de ter procedido à "distribuição de bombas para serem utilizadas em Lisboa e outras localidades do País" e ter provocado, "com outros, a paralização do trabalho em Almada" (greve de Cacilhas).
Foi condenado, em 8 de março desse ano, pelo Tribunal Militar Especial, a 14 anos de degredo nas colónias, com prisão, e multa de 20.000$00, ficando "à disposição do Govêrno".
Mais de sete meses após a sua prisão (o Registo Geral de Presos da PVDE não informa onde, em que esquadras e cadeias esteve entretanto), é enviado em 8 de setembro de 1934 para a Fortaleza de S, João Batista, em Angra do Heroísmo, nos Açores, onde permanece cerca de 2 anos, até ser deportado, em 23 de outubro de 1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
Falece em 14 de fevereiro de 1943, atacado pelo paludismo, com 31 anos de idade.
Joaquim Montes
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Data da primeira prisão