Nasceu em Vila da Feira, em 1896, filho de Albertina Rosa de Jesus e de António Pereira dos Santos. Sapateiro, com residência em Espinho, foi preso em 21 de maio de 1931 pelo Comando da PSP de Aveiro, acusado de ser “comunista e bombista” e um “elemento agitador muito perigoso”, tendo chefiado um grupo civil nos tumultos e manifestações realizadas em Espinho na noite de 1 de Maio, na sequência do funeral do estudante João Martins Branco e do boato que havia eclodido um movimento revolucionário em Lisboa, o qual teria triunfado, tendo a chefiá-lo o general Norton de Matos.
Considerado um elemento perigoso “pela facilidade com que maneja uma navalha” e já ter sido várias vezes preso em Aveiro, foi deportado, em 6 de junho, para Cabo Verde. Por não estar abrangido pela amnistia de 5 de dezembro de 1932, continuou com residência fixada naquele Arquipélago e, em 20 de agosto de 1937, foi enviado pelo Governador para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde regressou em 20 de fevereiro de 1945 e libertado no mesmo dia.
Manuel Pereira dos Santos
O Polim
7866
Data da primeira prisão