Nasceu em Setúbal, c. 1895/1896, filho de Ana Margarida da Graça e de João Manuel da Graça.
Soldador, ter-se-á filiado no Partido Comunista em 1927 e, aquando da greve de 18 de janeiro de 1934, integrou o Comité Revolucionário de Setúbal. Preso em 8 de fevereiro de 1935, referenciado como “extremista”, foi levado para uma esquadra e, em 20 de março, passou da 1.ª esquadra para a Cadeia do Aljube e, em 5 de abril, seguiu para o Forte de Peniche.
Regressou ao Aljube em 3 de março de 1936 para, no dia seguinte, ser julgado pelo Tribunal Militar Especial. Provavelmente, tratar-se-ia de um segundo julgamento, talvez por o primeiro ter sido à revelia, já que uma primeira pena de três anos de desterro foi agravada para cinco anos, com um de prisão nesse lugar, mantendo-se a multa de seis mil escudos e perda dos direitos políticos por dez anos.
Continuou no Aljube, com passagens pela enfermaria provisória e, em 28 de maio, “requereu para ser amnistiado”, o que não sucedeu já que, em 18 de outubro de 1936, foi deportado para Cabo Verde, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Regressou do Tarrafal em 20 de fevereiro de 1945 e saiu em liberdade.
O livro “Tarrafal – Testemunhos”, do qual Manuel Graça foi um dos intervenientes, refere-o como tendo sido preso em 1949, quando da candidatura presidencial de Norton de Matos, e levado para Caxias. No entanto, tal não consta do seu Registo Geral de Presos, presumivelmente por ter sido detido pela PSP.
Manuel da Graça
O Juvenal
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Data da primeira prisão