Nasceu em 1918, em Silves. Corticeiro, participou, com apenas 16 anos, na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Integrando o grupo conotado com os anarquistas, percorreu, nesse dia, as fábricas de Silves, «instigando os operários a abandonar o trabalho», o que foi conseguido. Fugiu para a serra e seria julgado, à revelia, pelo TME de 14-04-1934, sendo condenado a 2 anos de prisão. Capturado em finais de agosto de 1934 e entregue, em 29-08-1934, à PVDE, por andar fugido e ter sido sentenciado, foi transferido para a Fortaleza de Peniche em 20-09-1934 e embarcou, em 08-06-1935, para Angra do Heroísmo. Apesar de ter requerido, em 16-12--1935, a sua transferência para o Continente, acabou por ser enviado, em23-10-1936, para o Tarrafal, onde sobreviveu, em 1937 e 1938, a duas biliosas. Regressou em 15-07-1940 e saiu em liberdade, por ter sido amnistiado.
Voltou a Silves e, ainda na década de 1940, radicou-se, tal como outros ex-tarrafalistas, na Margem Sul.
Carlos Martins Sovela
213
Data da primeira prisão