ENasceu em Lisboa, em 2 de Maio de 1915, filho de Celeste Martins Pires e de José Maria Pires.
Empregado do comércio, a residir e a trabalhar em Lisboa, foi preso em 23 de fevereiro de 1938, “para averiguações”, recolhendo, incomunicável, a uma esquadra.
No espaço de um ano, até ser julgado pelo Tribunal Militar Especial, transitou entre a 1.ª esquadra (5 de março de 1938, 28 de fevereiro de 1939, 14 de março de 1939) e Caxias (11 de agosto de 1938, 8 de março de 1939). Julgado em 15 de março de 1939, seria condenado em dez anos de desterro, com prisão por um ano no lugar escolhido, e perda dos direitos políticos por dez anos.
Embarcou, em 1 de abril, para Cabo Verde, a fim de entrar no Campo de Concentração do Tarrafal e, em 31 de dezembro de 1945, passou para a tutela do Ministério da Justiça. Foi um dos subscritores da exposição dirigida por presos políticos no Tarrafal à Comissão Executiva do Movimento de Unidade Democrática (MUD), datada de 9 de janeiro de 1946, onde se saudava e apoiava as resoluções tomadas na sessão de Outubro de 1945. Libertado em 11 de setembro de 1948, embarcou dois dias depois para Lisboa no “João Belo”.
Eurico Martins Pires
9454
Data da primeira prisão