Nasceu em Monte Pedral, Lisboa, talvez em 1913, filho de Virgínia Carvalho da Cruz e de Francisco Alberto Martins da Cruz.
Estudante, com residência em Lisboa, foi preso por estar filiado nas Juventudes Comunistas Portuguesas e, em 14 de novembro de 1934, passou da 1.ª esquadra para a Cadeia do Aljube. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 20 de março de 1935, seria condenado em quatro anos de prisão correcional.
Transferido, em 5 de abril, para Peniche, em 8 de junho, passou para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo e, em 23 de outubro de 1936, seguiu para o Campo de Concentração do Tarrafal.
Embora tenha terminado o cumprimento da pena em 5 de setembro de 1938, continuou em prisão preventiva. Incluído no indulto de Natal de 1939, recusou-se a assinar o termo de responsabilidade que lhe foi apresentado e continuou encarcerado: “Por informação do Diretor da C. P. é considerado como elemento extremista sem a menor tendência de regeneração.” Por ter sido amnistiado, regressou do Tarrafal em 15 de julho de 1940 e saiu em liberdade. Ter-se-á fixado em Moçambique, onde casou com a cabo-verdiana Alda Benedita Duque Levy, e faleceu em 1974.
Fernando Carvalho da Cruz
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Data da primeira prisão