Nasceu em Peso da Régua, Vila Real, em 25 de maio de 1901, filho de Clotilde Adelaide Pereira Melo e de António Garcia Ribeiro. Marceneiro, a residir e a trabalhar na capital, foi preso em 5 de março de 1938, recolhendo, incomunicável, a uma esquadra, provavelmente a 23.ª. Nos oito meses que durou esta primeira detenção, esteve na Cadeia do Aljube, onde entrou em 16 de março, em Caxias, para onde seguiu em 7 de junho, em Peniche, onde chegou em 13 de agosto e, por fim, regressou ao Aljube em 22 de outubro, a fim de ser julgado, neste mesmo dia, pelo Tribunal Militar Especial. Condenado em oito meses de prisão correcional, dada por expiada, e na perda dos direitos políticos por cinco anos, foi libertado em 31 de outubro, após ter alta da enfermaria do Aljube.
Preso pela PSP de Lisboa em 6 de junho de 1940, “para averiguações”, seguiu, em 17 de junho, para a 1.ª esquadra e foi transferido, em 1 de julho, para Caxias, onde, em 3 de novembro, foi levado para o isolamento, em virtude de se ter “insubordinado” durante a distribuição do jantar e, de seguida, agredido um guarda.
Regressou, em 11 de janeiro de 1941, à 1.ª esquadra, e reingressou, no mesmo dia, em Caxias. Levado para a 1.ª esquadra em 7 de fevereiro, a fim de ser julgado no dia seguinte pelo Tribunal Militar, sendo condenado em 4 anos de prisão correcional e na perda dos direitos políticos por dez anos. Neste mesmo mês, no dia 10, retornou a Caxias e, no dia 27 de janeiro de 1941 seria transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 16 de novembro de 1945 e regressou a Lisboa, no barco “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946.
João Garcia Ribeiro
9518
Data da primeira prisão