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Joaquim Amáro

Joaquim Amáro
3473
Data aproximada da primeira prisão
1931

Nasceu no Crato, em 26 de abril de 1904, filho de Beatriz Maria e de António Amaro.
Servente da construção civil, a residir e a trabalhar em Lisboa, deve ter participado na revolta de 26 de agosto de 1931, já que, em 3 de setembro, foi deportado para Timor, embarcando no vapor “Pedro Gomes”. Abrangido pela amnistia de 5 de dezembro de 1932, regressou em 1933 e, em 1935, passou a militar no Partido Comunista.
Preso em 22 de julho de 1936, “por criticar os acontecimentos de Espanha”, recolheu à 7.ª esquadra e foi libertado no dia seguinte. Preso novamente em 16 de abril de 1937, “para averiguações”, recolheu, incomunicável, a uma esquadra, de onde passou, em 2 de maio, para a 1.ª esquadra. Entrou, em 2 de junho, na Cadeia do Aljube a fim de seguir, no dia 5, sem qualquer julgamento ou condenação, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu mais de oito anos.
Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, regressou a Lisboa, no barco “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946, saindo em liberdade.
Voltou a ser preso em 22 de abril de 1963, “por atividades contra a segurança do estado”, e levado para o Forte de Caxias. Julgado em 18 de fevereiro de 1964, seria condenado em dois anos de prisão maior, suspensão dos direitos políticos por quinze anos e na medida de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos, prorrogável. Transferido, em 24 de março de 1964, para Peniche, iniciou, em 24 de novembro de 1965, o cumprimento da medida de segurança de internamento, passando a circular entre esta cadeia, a Prisão-Hospital de S. João de Deus e o Forte de Caxias. Foi-lhe concedida a liberdade condicional em 24 de julho de 1968 e, em 14 de setembro de 1972, a definitiva.