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José Borges Celeiro

José Borges Celeiro
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Data da primeira prisão

Nasceu em Serpa, em 8 de maio de 1900, filho de Mariana da Soledade Celeiro e de Manuel dos Remédios Borges.
Motorista da Companhia Carris de Lisboa, de onde fora afastado em 1933, talvez por dirigir o Sindicato do Pessoal da Carris de Ferro de Lisboa, e militante do Partido Comunista, desempenhou funções diretivas na Comissão Inter-Sindical, onde trabalhou com José de Sousa.
Em dezembro de 1933, terá colaborado no atentado contra a bandeira nazi hasteada no consulado alemão e, na clandestinidade, interveio nos preparativos da greve de 18 de janeiro de 1934, através da sua organização no seio da CIS e na preparação de materiais explosivos, tendo conseguido escapar às prisões então efetuadas, apesar de há muito ser procurado.
Continuou ligado à CIS e, em 20 de fevereiro de 1935, foi julgado à revelia pelo Tribunal Militar Especial, “acusado de conjurar contra o Governo constituído, tomando parte ativa no movimento revolucionário de 18 de janeiro de 1934, como membro do Comité Executivo do Partido Comunista Português, sendo um dos melhores colaboradores do (…) José de Sousa”. Foi, então, condenado a quatro anos de desterro, multa de oito mil escudos e perda dos direitos políticos por dez anos, tendo a pena sido confirmada em audiência de recurso de 20 de março.
Manteve, durante mais de um ano, sucessivos contactos sindicais e partidários, destacando-se na semana de Agitação e Propaganda preparada pelo Partido Comunista entre 25 de fevereiro e 2 de março de 1935, para além de ligações ao Socorro Vermelho Internacional.
Preso, em Lisboa, em 12 de maio e levado para uma esquadra, foi transferido, em 1 de junho, para a Cadeia do Aljube, em 17 de agosto, para a 1.ª esquadra e, em 20 de dezembro, de novo para o Aljube. Embarcou, em 8 de janeiro de 1936, para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo, onde, em 31 de julho, foi submetido a novo julgamento pelo TME, o qual agravou a pena para cinco anos de desterro em local à escolha do Governo. Seguiu, em 23 de outubro de 1936, para o Tarrafal, de onde regressou em 5 de fevereiro de 1941 e levado para o Aljube. Libertado, condicionalmente, em 7 de fevereiro do mesmo ano.