Nasceu em Sanfins da Castanheira, Chaves, em 23 de janeiro de 1922, filho de Ana Barbosa e de José Manuel Pinheiro Morais.
Associado aos acontecimentos ocorridos na aldeia fronteiriça de Cambedo da Raia, Chaves, em 20 de dezembro de 1946, envolvendo guerrilheiros galegos antifranquistas.
Julgado à revelia pelo Tribunal Militar Territorial do Porto em 12 de dezembro de 1947, foi condenado em quatro anos de degredo, sendo preso posteriormente e entregue, em 31 de janeiro de 1949, pela GNR de Chaves à Delegação do Porto do PIDE. Posto à disposição daquele Tribunal em 28 de julho, o Ministro da Justiça, por despacho de 10 de agosto, deliberou que fosse deportado para Cabo Verde, devendo embarcar no porto de Leixões. Dos 63 presos indiciados no processo da PIDE 917/46 - 55 portugueses e 8 galegos -, foi um dos dois, com Demétrio Garcia Alvarez, a ser enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde entrou em 27 de setembro de 1949.
A sua família sofreu duras consequências, tendo o pai, o jornaleiro José Manuel Pinheiro Morais, de 60 anos, sido preso em 6 de novembro de 1946, “para averiguações de delito de ter dado guarida a uma associação de malfeitores”, e assassinado pela PIDE, falecendo no Hospital Geral de Santo António, no Porto, a 17-08-1947. A irmã, Florinda Barbosa Pinheiro, seria presa com o pai.