Natural de Albufeira, Faro, padeiro. Nasceu em 17 de janeiro de 1910, filho de Maria das Dores e de António Simão.
Entregue pelo Tribunal Militar Especial, ido de Almodôvar, deu entrada na sede da PVDE em 3 de abril de 1941 e recolheu à 1ª Esquadra, à ordem daquele tribunal.
Foi transferido para o Forte de Caxias (5-04-1941) e, sucessivamente, para a 1ª Esquadra (22-05-1941) e Forte de Caxias (24-05-1941).
Julgado pelo TME, em 24 de maio de 1941, acusado de “ter sido detentor desde data indeterminada e portador em 24-03-1941 dum revolver de calibre 9 mm e de 4 balas para a mesma arma”. Foi condenado na pena de 4 anos de degredo numa das Colónias da República, sendo-lhe abatida a prisão preventiva (27 dias) e foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, em 17 de junho de 1941.
Em 9 de outubro de 1941 foi condenado pela Comarca de Lagos em “1 ano de prisão e 500$00 como imposto de justiça com os devidos acréscimos” e a cópia da sentença foi junta ao processo.
Em 3 de novembro de 1945 foi libertado do Campo de Concentração do Tarrafal, por ter sido abrangido pela amnistia do decreto nº 35 041, ficando a aguardar embarque para Lisboa.
Em telegrama do Campo de Concentração para a PIDE, foi comunicado que José Simão tinha faltado ao embarque sob sua responsabilidade e que o seu paradeiro era desconhecido. Em 19 de abril de 1946 deu entrada na Cadeia do Aljube, regressado do Campo de Concentração do Tarrafal e ficou a aguardar a entrega nas Cadeias C. C. de Lisboa (conforme a guia de Cabo Verde), o que aconteceu em 20 de abril de 1946, desconhecendo-se o seu percurso prisional seguinte.