Nasceu em Elvas, em 28 de abril de 1898, filho de Francisca do Rosário Candeias e de José Pereira Candeias.
Guarda da PSP, foi por esta polícia entregue à PVDE em 20 de novembro de 1937. Levado para a 1.ª esquadra, incomunicável, iniciou o habitual percurso pelos cárceres políticos: Cadeia do Aljube (27 de novembro), Forte de Caxias (15 de junho de 1938), Peniche (13 de agosto) e, novamente, Aljube (22 de outubro).
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 22 de outubro de 1938, seria condenado em seis anos de desterro, com dois anos de prisão nesse local, doze mil escudos de multa e perda dos direitos políticos por dez anos, regressando, nesse mesmo dia, a Peniche. Interpôs recurso e o TME, de 4 de março de 1939, confirmou a sentença, regressando, em 31 de março, ao Aljube.
A 1 de abril, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal “por mau comportamento e atitudes ameaçadoras e rebeldes no Depósito de Presos de Peniche”. Libertado em 18 de agosto de 1945, regressou no vapor “Guiné” em 28 do mesmo mês. Pedro Soares, no livro “Tarrafal, campo da morte lenta”, considera-o um “degenerado” e um denunciante que ajudou o seu diretor, o capitão João da Silva, a perseguir Gabriel Pedro.
Manuel Francisco Candeias
8908
Data da primeira prisão