Nasceu em Santa Isabel, Lisboa, em 14 de novembro de 1910, filho de Elvira Augusta dos Reis e de Cesário Batista dos Reis.
Quando estudante, foi preso em 20 de novembro de 1932, acusado de manter contactos com o comunista Miguel Wager Roussell, então refugiado em Madrid e procurado pela polícia, sendo libertado a 28 de novembro.
Próximo do Partido Comunista, embarcou, em setembro de 1936, com o irmão Manuel e a cunhada Lídia Nolasco da Silva, no navio “Belle Ile”, com destino ao Havre, com objetivo último de chegar a Espanha e ajudar a causa republicana. Chegado em novembro, alistou-se nas Brigadas Internacionais e, por intermédio de Jaime de Morais, integrou o restrito grupo de portugueses que recebeu formação na Escola de Artilharia N.º 2, em Lorca, Valência, reservada à formação de oficiais espanhóis. Comandou, em março de 1938, uma bateria da unidade de artilharia de Almansa e, em 30 de outubro, foi-lhe reconhecida a sua ação em combate e promovido, talvez, a capitão.
Com o fim da guerra, refugiu-se em França, onde esteve internado, primeiro, no campo de concentração de Argelés-sur-Mer, num extenso areal junto ao mar Mediterrâneo guardado por senegaleses, e depois, em abril de 1939, no de Gurs. Regressou, em junho de 1940, ao primeiro campo e solicitou o repatriamento para Portugal.
Preso, em 16 de abril de 1941, no posto fronteiriço de Beirã, recolheu, no dia seguinte à 1.ª esquadra e transferido, em 1 de maio, para a Cadeia do Aljube, em 15 de maio, para Caxias e, em 22 de junho, para Peniche. Regressou a Caxias em 19 de junho de 1942 para embarcar, no dia seguinte, no “Mouzinho de Albuquerque”, sem julgamento, a caminho do Campo de Concentração do Tarrafal.
Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, a 1 de fevereiro de 1946 e saiu em liberdade. Irmão do médico Manuel Batista dos Reis, militante comunista com um percurso muito próximo em Espanha.