Pinkus Israelski 11991
ou Pinkus Isral Ski
Natural de Varsóvia, com nacionalidade polaca. Tecelão de malhas e técnico de máquinas. Nasceu a 6 de abril de 1908, filho de Laura Rosemberg e de Majera Israelski.
Preso em 7 de dezembro de 1939, "para averiguações", pela Delegação do Porto da PVDE. Transferido para a sede (Lisboa) daquela polícia, em 17 de fevereiro de 1940, recolheu à Cadeia do Aljube. Segundo o seu registo prisional, “Consta do seu processo: ter sido expulso da Bélgica por suspeita de comunista e de ter entrado em Portugal com documentação falsificada. Sendo portanto um elemento indesejável, foi proposto para que lhe fosse aplicável o decreto nº 15 946 de 23 de maio de 1928. Aprovado por despacho de S. Exª. o Ministro, de 23-1-1940."
Em 21 de fevereiro de 1940 foi transferido para o Forte de Caxias e, dois dias depois, a 23 de fevereiro, embarcou para Cabo Verde, transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal.
Regressou a Lisboa 4 anos depois, em 27 de janeiro de 1944, e foi internado no Hospital Júlio de Matos. Foi transferido para o Forte de Caxias em 2 de fevereiro de 1944 e, a seguir, foi sendo sucessivamente transferido: para a Cadeia de Peniche ( 9-02- 1944), a Cadeia do Aljube (25-07-1945), a Cadeia de Peniche (27-08-1945), o Forte de Caxias (22-12-1945), a Cadeia do Aljube (25-03-1947).
Em 14 de janeiro de 1948, 8 anos depois da sua prisão, foi libertado, tendo-lhe sido fixada residência na Ericeira, provisoriamente. Em 25 de abril de 1948 foi novamente preso pela PIDE, indocumentado, e enviado para o Forte de Caxias. Alguns dias depois, foi libertado e foi-lhe, novamente, fixada residência na Ericeira. Expulso, abandona o país pelo aeroporto da Portela, com destino ao continente americano, admitindo-se que se possa ter dirigido aos Estados Unidos da América, de onde tinha recebido apoio material de familiares em 1946.
FONTES: Memorial Mafra (ANTT-Proc.1001/35 e RGP nº11 991; Fundo do United States Hoçocaust Memorial Museum, Washington. Processo. referente a Pinkus Israelski; Rodrigues, Manuel Francisco, Tarrafal Aldeia da Morte O Diário da B-5, Brasília Editora, Porto, 1974)