A revolução portuguesa de 1974 provocou de imediato duas rupturas: a
libertação dos prisioneiros políticos e o desmantelamento da polícia política
(PIDE/DGS). O impacto destes acontecimentos, ocorridos no curto espaço de dois dias e meio, tem sido sublinhado como o momento simbólico da „queda da Bastilha‟, na medida em que tornou visível ao país o derrube da estrutura mais repressiva do anterior regime e o ressurgir das liberdades políticas. Assim fora previsto pelo movimento político de militares que desencadeou o golpe de estado, e será concretizado pelo entrosar dos seus esforços com a (não premeditada) acção popular de rua nas duas principais cidades do país, marcando, também, uma outra viragem de ordem política: a da passagem do golpe militar à revolução popular.
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