Nasceu em Alenquer, em 19 de janeiro de 1913, filho de Florinda da Encarnação Carvalho e de Francisco Marques Rodrigues.
Trabalhador, com residência na Aldeia Gavinha, Alenquer, foi preso e entregue, em 7 de julho de 1937, pela Administração daquele concelho à Seção Política e Social da PVDE. Recolheu à 1.ª esquadra, dando início ao habitual périplo pelas diferentes prisões: Aljube (3 de agosto), 1.ª esquadra (20 de outubro), Forte de Caxias (6 de dezembro), uma esquadra (31 de março de 1938), 1.ª esquadra (1 de abril), Forte de Caxias (6 de maio) e, novamente, 1.ª esquadra (6 de dezembro).
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 7 de dezembro de 1938, foi condenado na pena de quatro anos de degredo e perda dos direitos políticos por cinco anos.
Entrou, no dia 8, em Peniche, passou, em 31 de março de 1939, para o Aljube e, em 1 de abril, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal “por mau comportamento e atitudes ameaçadoras e rebeldes no Depósito de Presos de Peniche”. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 12 de novembro e regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946, 9 anos depois da sua prisão.