Natural do Porto, filho de Domingos Sernadas e de Carolina Augusta, nasceu a 15-08-1888.
Com a profissão de vendedor de jornais, foi entregue, no dia 1 de julho de 1937, na Delegação do Porto da PVDE pelo Comando da PSP, acusado com outros camaradas seus de incitarem à greve os vendedores de jornais.
Alberto Serradas encontrava-se na redação do jornal "Primeiro de Janeiro", para levantar os que lhe pertenciam, não o tendo feito. E acrescenta o relatório da PVDE que alegou "não ter dinheiro que chegasse", o que mereceu o seguinte comentário: "o que não é de acreditar."
Alegou ainda Alberto Sernadas "que sua mulher depois de ele ter sido preso levantou os jornais procedendo à sua venda o que ele faria se o não tivessem prendido."
Mas, acrescentou a PVDE, que "a prova testemunhal" afirmava que "o arguido disse bem alto que não levantava os jornais, incitando com a sua atitude os restantes vendedores que também os não levantaram."
A 15 de julho de 1937, um relatório da PVDE considerou que Alberto Sernadas e três outros vendedores de jornais encontravam-se incursos no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 23870, de 18 de maio de 1934, diploma que estabelecia as penas a que ficavam sujeitos os que praticassem os delitos de lock-out ou de greve (ver anexo).
Mas a verdade é que Alberto Sernadas baixou ao Hospital Geral de Santo António, no Porto, em 14 de outubro de 1937, aí falecendo no dia seguinte, com a idade de 49 anos, em consequência dos maus tratos e tortura sofridos na polícia política.
Alberto Sernadas
7280
Data da primeira prisão