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Bernardino Augusto Xavier

Bernardino Augusto Xavier
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Data da primeira prisão

Nasceu em Santo André, Estremoz, c. 1903/1904, filho de Isabel Maria Xavier e de Rafael Augusto Xavier.
Serralheiro mecânico das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, a residir e a trabalhar no Barreiro, esteve envolvido, segundo o Projeto MOSCA, no enchimento de bombas com César Castro, em Abril de 1931”.
Em julho de 1933, integrou, com outros anarquistas, um Comité de Ação formado no seio da Confederação Geral do Trabalho, onde era colaborador ativo. Participou ativamente na preparação da greve de 18 de janeiro de 1934 no Barreiro, fazendo parte do comité local da CGT e com responsabilidades na aquisição, transporte e distribuição de materiais necessários ao fabrico de bombas. Embora tivesse sido destacado para o Porto, em missão da Confederação, a fim de colmatar, sem sucesso, as falhas organizativas naquela cidade, esteva no Barreiro aquando da sua eclosão, embora sem qualquer atividade significativa além da participação, no início da madrugada de 18, numa reunião realizada próximo da estação do Lavradio e onde estiveram presentes anarquistas e comunistas.
Julgado à revelia em 10 de outubro de 1934, seria condenado em três anos de desterro e seis mil escudos de multa. Preso, “como revolucionário bombista”, e entregue pela Administração do Concelho do Barreiro à PVDE em 2 de fevereiro de 1935, ficou incomunicável. Transferido, em 11 de fevereiro, da 1.ª esquadra para a Cadeia do o Aljube e, em 22 de fevereiro, para o Forte de Peniche.
Deportado, em 8 de junho de 1935, para Angra do Heroísmo, requereu, em 26 de junho de 1936, para ser amnistiado, o que não sucedeu já que, em 18 de outubro de 1936, seguiu para Cabo Verde, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Regressou do Campo de Concentração do Tarrafal em 17 de julho de 1940, recolheu ao Forte de Caxias e, em 16 de junho de 1941, foi libertado. Segundo os elementos biográficos que constam no Projeto MOSCA: «"Rachou"» e “Suscitava desconfiança”.