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Francisco António Rato

Francisco António Rato
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Data da primeira prisão

Nasceu em Beja, em 10 de agosto de 1890, filho de Maria Catarina e de José Jacinto Rato.
Sapateiro, foi entregue pela PSP de Beja à SPS da PVDE em 23 de novembro de 1935, por ser “comunista”. Levado para uma esquadra, passou, em 4 de fevereiro de 1936, da 1.ª esquadra para a cadeia do Aljube e, no dia 11, voltou a uma esquadra. Regressou ao Aljube no dia 22, ido da 25.ª esquadra, e seguiu para Peniche em 28 de abril. Retornou, em 14 de julho, à 1.ª esquadra, a fim de ser julgado, no dia seguinte, pelo Tribunal Militar Especial. Condenado em 20 meses de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos, regressou, no dia 17, a Peniche.
A transição entre estabelecimentos prisionais continuou e, em 27 de outubro, tornou a ser encaminhado para a 1.ª esquadra, a fim de ser julgado, novamente, em 4 de novembro. Reentrou, no dia 18, no Aljube, passou, no dia 20, para Peniche e foi libertado em dia 21 de novembro de 1937.
Em 15 de março de 1942, voltou a ser entregue pelo Comando da PSP de Beja à PVDE, “para averiguações”. Fazia, então, parte do Comité Regional de Beja do Partido Comunista e integrava a rede de espionagem anglo-portuguesa do “SOE” (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por “Rede Shell”. Levado para o Aljube, seguiu, em 18 de junho, para Caxias e, no dia 20, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde regressaria em 27 de janeiro de 1944, dando entrada no Hospital Júlio de Matos. Transferido, em 2 de fevereiro, para a Cadeia de Caxias e julgado novamente, em 5 de abril, pelo Tribunal Militar Especial, seria condenado em três anos de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos.
Transferido, no dia 27, para Peniche, aí permaneceu até 6 de outubro de 1945, quando foi libertado.

Em 4 de abril de 1947, a PSP de Beja voltou a entregá-lo à PIDE, recolhendo ao Aljube e, em 30 de agosto, seguiu para Caxias, vindo a ser libertado a 21 de outubro de 1947.