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Herculano Marques Gouveia

Herculano Marques Gouveia
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Data da primeira prisão

Nasceu em Carvalhal Redondo, Nelas, em 13 de dezembro de 1890, filho de Maria Patrocínio e de José Marques Matias.
Integrou, em 1917, o Corpo Expedicionário Português enquanto soldado da 4.ª Companhia: embarcou em 21 de abril e regressou a Portugal, em 12 de novembro, no cruzador auxiliar “Pedro Nunes”.
Comerciante, foi preso pela PSP de Lisboa em 1 de maio de 1933 e entregue, no dia seguinte, à PVDE, “por suspeita de estar envolvido no lançamento de algumas bombas explosivas no Largo do Terreiro do Trigo”, onde residia. Libertado em 10 de maio, voltou a ser preso em 22 de março de 1937, “para averiguações”. Levado, incomunicável, para uma esquadra, passou, em 28 de abril, da 27.ª esquadra (Pedrouços) para o Aljube e, em 5 de junho, embarcou para Cabo Verde sem ter sido julgado.
Regressou do Tarrafal em 1 de outubro de 1944 e ficou detido em Caxias. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 1 de novembro, foi condenado na pena de seis anos de degredo e perda dos direitos políticos por cinco anos. Transferido, em 4 de dezembro de 1944, para Peniche. Abrangido pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 1 de novembro deste ano, depois de mais de oito anos e meio de prisão efetiva.