Natural de Tomar, nasceu a 11 de Fevereiro de 1911, filho de Maria José e de João Jacinto.
Grumete Artilheiro no NRP Bartolomeu Dias, foi entregue pelas autoridades da Marinha à PVDE, em 8 de Setembro de 1936, “por insubordinação” (Revolta dos Marinheiros), recolhendo ao 3º Posto da 14ª Esquadra “Mitra”.
Em 18 de Setembro de 1936 foi transferido para a Cadeia Penitenciária de Lisboa e dali seguiu no navio «Loanda», em 17 de Outubro de 1936, para Cabo Verde, onde iria ficar encarcerado no Campo de Concentração do Tarrafal.
Julgado pelo Tribunal Mlitar Especial, com sentença de 14 de Outubro de 1936, foi condenado na pena de 4 anos de prisão maior celular, seguidos de 8 anos de degredo (ou, em alternativa, a 16 anos de degredo em possessão de 2ª classe).
Em 6 de Dezembro de 1950 deu entrada na Cadeia do Forte de Peniche, transferido do Campo de Concentração do Tarrafal por motivo de doença. Em 22 de Dezembro de 1950, o Director da Cadeia de Peniche comunica que João Jacinto foi transferido nessa data para a enfermaria da Cadeia Penitenciária de Lisboa, para tratamento. A partir daqui, e tendo já cumprido 14 anos (mais dois que os 12, a que fora condenado), desconhece-se o seu percurso prisional. Não se sabe também a data da sua libertação.