Nasceu em São Paio de Carvalhal, Barcelos, em 18 fevereiro de 1901, filho de Maria Carvalho e de Domingos Luís de Machado.
Jornaleiro e/ou tamanqueiro, a residir e a trabalhar em Tuy, Espanha, de onde foi expulso por indocumentado. Preso na fronteira de Valença em 11 de abril de 1935 e levado, no dia seguinte, para a cadeia da Comarca de Vila Nova de Cerveira. Permanecia em Valença quando foi libertado em 8 de maio.
Regressou clandestinamente a Espanha, de onde foi expulso pela segunda vez, e tornou a ser preso, em 27 de setembro, pelo Posto de Valença e levado para a cadeia da Comarca de Valença. Transferido, em 2 de outubro, para os calabouços da Comarca de Vila Nova de Cerveira, foi libertado em 5 de outubro.
Tornou a entrar em Espanha e voltou a ser expulso como indesejável e “suspeita de ter tomado parte, ao lado dos comunistas, no movimento revolucionário espanhol”.
Preso, em 31 de agosto de 1936, no Posto de Valença e levado para a cadeia desta Comarca, seria transferido, em 5 de setembro, para a Delegação do Porto da PVDE e, em 15 de outubro, entrou na Cadeia de Caxias, a fim de embarcar, três dias depois, para Cabo Verde, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Sem ter sido julgado, regressou da Colónia Penal de Cabo Verde (Tarrafal) em 8 de fevereiro de 1940 e foi libertado. Em 21 de agosto de 1946, tornou a ser preso naquela fronteira, entregue pelas autoridades espanholas, sendo libertado no mesmo dia. As prisões, sempre pelo mesmo motivo, continuaram: em 25 de setembro de 1946 e em 12 de setembro de 1952. Nesta última detenção, acabou por ser julgado, em 3 de fevereiro de 1953, pelo Tribunal de Valença e absolvido, por a infração de emigração clandestina ter sido amnistiada.