Nasceu em Lisboa, em 6 de novembro de 1900, filho de Isabel Ferreira e de António Ferreira.
Trabalhador, com residência em Lisboa, foi preso em 31 de outubro de 1927, “por conspirar contra a Ditadura Militar e ter ligações revolucionárias”. Deportado, em 15 de novembro, para África, seguiu, em 10 de setembro de 1930, para os Açores, indo a bordo do vapor “Mouzinho”. Em dezembro de 1932, quando foi abrangido pela amnistia do dia 5, encontrava-se com residência obrigatória em Cabo Verde, “por motivos políticos”.
Regressou e apresentou-se em 17 de janeiro de 1933, indo residir no Porto. Preso novamente em 26 de julho de 1937, em Lisboa, recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Transferido, em 6 de novembro de 1937, para o Campo de Concentração do Tarrafal, sem ter sido julgado ou condenado. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 31 de dezembro e regressou a Lisboa, no barco “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946. Declarou ir residir para Figueiró dos Vinhos.