Natural de S. Bartolomeu, Coimbra, comerciante de cereais e legumes. Com 32 anos, filho de Maria Amparo dos Santos e de José dos Santos.
Preso por guardar material explosivo “destinado à revolução de 18 de janeiro”, deu entrada na Cadeia do Aljube em 12 de janeiro de 1934. Foi transferido para a Cadeia de Peniche em 20 de março de 1935 e depois, sucessivamente, para a 1ª Esquadra (28-06-1935) e, de novo, Cadeia do Aljube (06-07-1935).
Julgado pelo Tribunal Militar Especial (TME) em 6 de julho de 1935, foi condenado na “pena de 10 anos de degredo numa das Colónias com prisão no lugar de degredo e na multa de 20 000$00, ficando à disposição do Governo ao terminar a pena”. Em 13 de julho de 1935 foi julgado em recurso pelo TME e foi-lhe reduzida a pena anteriormente aplicada, para 5 anos de degredo numa das Colónias, com prisão no lugar de degredo, 10 000$00 de multa, ficando à disposição do Governo”.
Em 29 de novembro de 1935 foi transferido para a Fortaleza Militar de Peniche. Requereu ser abrangido pela amnistia concedida pelo decreto nº 26 636, mas foi-lhe indeferido, por despacho do Ministro do Interior (04-01-1937).
Em 30 de outubro de 1937 foi transferido para a Cadeia do Aljube e, em 6 de novembro de 1937, embarcou para Cabo Verde, para ser encarcerado no Campo de Concentração do Tarrafal. Regressou a Lisboa mais de 7 anos depois, em 20 de fevereiro de 1945, tendo recolhido à Cadeia do Aljube; e em 3 de março de 1945 foi entregue às Cadeias Centrais da Comarca de Lisboa.
Em 2 de abril de 1945 fez a apresentação na PVDE, sendo portador de uma guia da Direcção Geral dos Serviços Prisionais, em virtude de lhe ter sido concedida a liberdade condicional, por despacho do Ministro da Justiça (09-03-1945) com base no decreto nº 26 643. E tendo declarado que fixaria residência em Casal do Sal - Coimbra, ficou obrigado a fazer a sua apresentação uma vez por mês na Inspecção da PIDE daquela cidade.
Manuel dos Santos
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Data da primeira prisão