Nasceu em Loulé, em 20 de junho de 1879, filho de Maria do Carmo Palma e de Hermenegildo Gomes Palma.
Antigo Comissário de Polícia de Beja. Referenciado como comerciante – agente comercial, foi preso naquela cidade e enviado, em 27 de agosto de 1928, para Lisboa, “por fazer parte do comité revolucionário” envolvido na revolta de 20 de julho.
Foi-lhe tirada uma fotografia, com a data de 28 de agosto, e seria libertado em 29 de setembro.
Novamente preso e entregue, em 10 de novembro de 1933, pelo Comando da PSP de Beja à PVDE, “por desenvolver grande atividade conspiratória”, sendo “um dos elementos mais importantes da fação adversária da atual Situação Política na cidade de Beja”. Libertado em 9 de dezembro.
Preso pela PVDE em 31 de outubro de 1936, “por estar envolvido em ligações revolucionárias”, mantendo, nomeadamente, ligações com o ex-sargento ajudante Sebastião da Encarnação Júnior, foi levado, incomunicável, para uma esquadra. Transferido, em 17 de novembro, para o Aljube, foi libertado em 24 de maio de 1937, por ter sido despronunciado pelo Tribunal Militar Especial.
Preso, de novo, em 5 de março de 1942, “para averiguações”, recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Integrava, então, a rede de espionagem anglo-portuguesa do “SOE” (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por “Rede Shell”, tal como Sebastião da Encarnação Júnior. Passou, em 5 de maio, para o Forte de Caxias.
A 5 de agosto, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, sem qualquer julgamento ou acusação, de onde regressou em 27 de janeiro de 1944. Conduzido para o Hospital Júlio de Matos, entrou, no dia 2 de fevereiro, no Forte de Caxias e, em 23 de maio, passou para a Fortaleza Militar de Peniche, de onde saiu em liberdade condicional no dia 29. Referenciado como comunista por Antónia Gato Pinto na sua tese “Tarrafal: resistir como promessa - O poder de transformar uma experiência de opressão numa história de grandeza” (2019).
Sebastião de Jesus Palma
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Data da primeira prisão