Natural de Lisboa, nasceu a 23 de Abril de 1914, filho de Leonilda da Conceição dos Santos e de Jacob José Ochsemberg.
Grumete artilheiro, foi entregue à PVDE, em 17 de Maio de 1935, pelo Comando Geral da Armada, seguindo para uma esquadra e daí para o Aljube, em 30 de Maio de 1935.
Esta prisão, como a de muitos outros marinheiros, antecede de mais de um ano a Revolta de 8 de setembro de 1936 e visa, essencialmente, atacar e desmantelar a ORA - Organização Revolucionária da Armada, cujos dirigentes foram presos.
Ochsemberg foi sucessivamente transferido para 1ª Esquadra (7 de Outubro de 1935), Fortaleza Militar de Peniche (23 de Outubro de 1935), 1ª Esquadra (9 de Dezembro de 1935), Fortaleza Militar de Peniche (26 de Dezembro de 1935), Reduto Norte do Forte de Caxias (14 de Outubro de 1936).
Em 14 de Dezembro de 1935, foi julgado em Tribunal Militar Especial e condenado a 23 meses de prisão correccional (levando-lhe em conta a prisão sofrida), e na perda de direitos políticos por 5 anos. Embarcou para Cabo Verde em 17 de Outubro de 1936, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Terminada esta pena em 7 de Abril de 1937, continuou em prisão preventiva. Em 9 de Dezembro de 1937 requereu a libertação mas foi-lhe indeferida por despacho do ministro (2 de Fevereiro de 1938). Só regressaria de Cabo Verde em 15 de Julho de 1940, e na mesma data restituído à liberdade, na sequência de uma amnistia.