Natural de Ílhavo, nasceu a 6 de Março de 1909, filho de Maria Dulce Branco e de Anselmo Francisco Bártolo. Marinheiro, preso pela PVDE em 23 de Maio de 1935, considerado “extremista”, deu entrada numa esquadra, de onde foi transferido para a Cadeia do Aljube em 1 de Junho de 1935. Depois, foi sucessivamente transferido para a 1ª Esquadra (7 de Outubro de 1935), Fortaleza Militar de Peniche (23 de Outubro de 1935), 1ª Esquadra (9 de Dezembro de 1935), Cadeia do Aljube (28 de Dezembro de 1935), Fortaleza Militar de Peniche (18 de Março de 1936) e Forte de Caxias (14 de Outubro de 1936).
Parte no «Loanda», a 17 de outubro de 1936, para Cabo Verde, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Julgado pelo Tribunal Militar Especial, em 4 de Dezembro de 1935, foi condenado na pena de 23 meses de prisão correccional. Em 17 de Abril de 1937, terminou a pena imposta no TME, mas continuou “em prisão preventiva”. Em 9 de Dezembro de 1937 requereu ser restituído à liberdade, mas o ministro do Interior indeferiu, em despacho de 2 de Fevereiro de 1938.
Por ter sido abrangido pelo disposto no “Decreto de amnistia” nº 35 041, de 18-10-1945, regressou a Lisboa no navio «Guiné», em 1 de Fevereiro de 1946, sendo libertado quase 11 anos depois de ter sido preso e tendo sido condenado pelo TME a menos de dois anos de prisão.