José Marques Centeio terá nascido em 1934 ou 1935 em Alpiarça e era trabalhador rural. As informações são residuais e por vezes contraditórias. Outras versões apontam 1937 como o ano do seu nascimento.
Terá sido morto a 11 de fevereiro de 1957, aos 22 anos de idade, por um automóvel da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), que, a alta velocidade, numa estrada em Alpiarça atingiu a bicicleta na qual José Centeio regressava a casa do trabalho. Por vezes, a viatura em questão é descrita como pertencendo à Guarda Nacional Republicana (GNR) e o dia 27 de março apontado como a data da sua morte.
José Centeio estaria a cumprir o serviço militar nas Caldas da Rainha, mas nas horas livres trabalhava no campo, como assalariado rural. Os colegas que o acompanhavam, Jaime Queimadela e António Paulos, foram presos pela GNR por tentarem impedir que o carro que atropelara Centeio abandonasse o local e fizeram com que a notícia da morte chegasse a elementos locais do Partido Comunista Português (PCP), partido de que José Centeio seria militante.
Texto de "Ficaram pelo caminho", edição do Museu do Aljube, Resistência e Liberdade