Filho de Maria Carlota de Oliveira e de Celestino dos Santos Martins, nasceu em 27 de Outubro de 1907, em Lisboa.
Preso e entregue, em 29-01-1934, pelo Comando da PSP de Lisboa à Secção Política e Social da PVDE, acusado de ser membro da Célula 25 do Partido Comunista e de ter tomado parte, com Ernesto José Ribeiro e Gabriel Pedro, entre outros, no comício relâmpago realizado na Rocha Conde de Óbidos junto dos operários da Administração do Porto de Lisboa, no âmbito da preparação da Greve Geral Revolucionária de 18-01-1934.
Tendo-lhe sido apreendido uma pistola, pertença de um guarda da PSP, então desarmado, e "um pedaço de carvão com que nas paredes das escadas e prédios da cidade desenhava a foice e o martelo", foi julgado pelo TME em 08-03-1934 e condenado a quatro anos de degredo numa das colónias.
Enviado, em 23-09-1934, para a Fortaleza de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo, daí seguiu para o Campo de Concentração do Tarrafal em 23-10-1936, integrando a primeira leva de presos políticos para ali deportados.
Apesar de ter cumprido em 1938 a pena a que fora condenado, continuou em prisão preventiva pelo Ofício da SPS da PVDE de 08-03-1938.
Só regressou do Tarrafal em 20 de fevereiro de 1945, saindo, então, em liberdade e voltando a residir, depois de onze anos de cativeiro e de deportação, nas Escadinhas do Marquês de Ponte de Lima.
Virgílio Martins
ou Virgílio Celestino Oliveira Martins
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Data da primeira prisão