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Ariosto Mesquita

Ariosto Mesquita
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Data da primeira prisão

Nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, em 1911, filho de Maria de Jesus Gabriel e de Sebastião Mesquita.
Empregado de escritório, a residir e a trabalhar na capital, terá ingressado no Partido Comunista em 1929. Participou, quando prestava serviço militar no Regimento de Metralhadoras N.º 1, na revolução de 26 de agosto de 1931, tendo sido preso e levado para o Forte de Elvas. Abrangido pela amnistia de 5 de dezembro de 1932, foi libertado e, sob a ameaça de nova detenção em 1933, por ter sido procurado em sua casa, fugiu para Espanha, onde viveu em Madrid e Barcelona e manteve contactos com exilados políticos portugueses, entre os quais Alberto Moura Pinto, Jaime Cortesão, Jaime de Morais e o militar César de Almeida.
Regressou a Portugal em abril de 1934 e manteve-se, até 20 de agosto, data em passou para Lisboa, escondido na região de Trás-os-Montes. Preso em 2 de dezembro de 1934, “por estar envolvido em vários assuntos de caráter revolucionário”, foi levado, incomunicável, para uma esquadra, passou, no dia 7, para a Cadeia do Aljube e, em 20 de março de 1935, seguiu para Peniche.
Deportado, em 8 de junho desse ano, para Angra do Heroísmo, a fim de ficar detido na Fortaleza de S. João Batista. Em 10 de agosto de 1936, a mãe fez um requerimento ao Ministro do Interior “para que dada uma solução à situação de seu filho”, tendo a PVDE informado que ele era “elemento conspirador de grande atividade e perigoso, pelo que se conserva preso preventivamente”.
Seguiu, em 23 de outubro de 1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal, tendo a mãe, em 21 de janeiro de 1938, requerido a sua libertação. O pedido foi indeferido por despacho do Ministro do Interior de 2 de fevereiro e Ariosto Mesquita regressou em 15 de julho de 1940, por ter sido amnistiado, e saiu em liberdade.
Terá começado a trabalhar na indústria farmacêutica e, em maio de 1969, encontrava-se a viver em Luanda.