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Presos e Perseguidos políticos

Entre 28 de Maio de 1926 e 24 de abril de 1974 houve dezenas de milhar de presos políticos - abrangendo todo o território metropolitano, ilhas e possessões coloniais – só porque, de alguma forma, ousaram levantar-se contra a Ditadura Militar e o Estado Novo ou enfileiraram a luta anticolonialista.
Aos cerca de 29.500 detidos que constam dos 148 livros do Registo Geral de Presos, correspondendo ao período 1933 - 1974, há a acrescentar os milhares de presos entre 1926 e meados dos anos 30, cujos Cadastros Políticos também constam do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e os milhares de africanos aprisionados em cada uma das colónias, sabendo-se, ainda, que em momentos de detenções massivas nem todas as vítimas foram individualizadas.

BIOGRAFIAS
Desde o seu arranque, o site memorial2019.org tem vindo a disponibilizar breves biografais de muitos presos e perseguidos que foram vítimas das várias polícias políticas que se sucederam entre 1926 e 1974. Criámos também uma área que designámos "os que ficaram pelo caminho" e que pretende dar informação sobre os que foram mortos pelas forças repressivas, em manifestações de rua, na cadeia, alvo de assassinatos organizados pela PVDE/PIDE/DGS ou ainda em consequência direta dos maus tratos recebidos – muitas dessas vítimas permanecem na obscuridade, faltando informação fidedigna sobre os acontecimentos em que estiveram envolvidos.
Queremos ainda sublinhar que temos tentado incluir nestas memórias das vítimas do fascismo combatentes nacionalistas que se bateram contra o colonialismo e pela independência dos seus países e que, muitas vezes, permanecem ignorados ou mesmo esquecidos.
Para executar esta tarefa, socorremo-nos de diversas fontes, designadamente oriundas dos arquivos da própria polícia política, de órgãos de imprensa (legais e clandestinos), de trabalhos memorialísticos, de dissertações académicas e, sobretudo, pudemos contar com a colaboração permanente de Helena Pato, João Esteves e Luís Farinha/Museu do Aljube - Resistência e Liberdade, cujas contribuições permanecem inestimáveis e cujos trabalhos podem também ser acedidos diretamente em:

Helena Pato     https://www.facebook.com/groups/helenapato/     https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/

João Esteves     http://silenciosememorias.blogspot.com/

Luís Farinha     https://www.facebook.com/luismanuel.farinha/

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade     https://www.facebook.com/museudoaljube/

Ao longo do trabalho já realizado, temos vindo a tentar, de algum modo, uniformizar a apresentação dos vários registos biográficos, tendo como principal objetivo clarificar o próprio acesso dos leitores à informação coligida. Esperamos alcançar gradualmente esse objetivo. Finalmente, vamos incluindo em anexo a alguns registos biográficos documentos que com eles se relacionam e melhor ajudarão a contextualizar a ação das e dos biografados.

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FOTOGRAFIAS

Agradecemos ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo e ao seu Diretor, dr. Silvestre Lacerda, a disponibilização de fotografias constantes do Registo Geral de Presos, que aqui se utilizam, reenquadradas.

DATAS DE PRISÃO
Como se poderá verificar, ainda estão por determinar as datas exatas de prisão de muitos resistentes e, nalguns casos, estão notoriamente erradas nos próprios arquivos da PIDE, pois apenas consideraram as datas de prisão para efeitos de submissão aos Tribunais Militares Especiais, quando muitos desses presos já tinham sido anteriormente presos e deportados. Entendemos necessário desenvolver esforços na clarificação gradual dessas situações, contando com a colaboração de quantos possuam elementos que ajudem a corrigir tais imprecisões. Do mesmo modo, evitámos a repetição de nomes de presos, sempre que não se dispunha de informação suficiente que permitisse identificar corretamente cada um dos presos.