Diplomado com o Curso Superior do Comércio. Comerciante, proprietário agrícola e armador, era um republicano convicto, e ativista político. Fundador e proprietário do jornal A Voz de Cabo Verde, colaborou em outros orgãos de imprensa.
Foi membro do Conselho do Governo (1917-1928); presidente da Câmara Municipal do Fogo (1922) e presidente da Câmara Municipal da Praia (1923-28).
Comerciante em Cabo Verde, foi um dos que protestaram contra a inépcia da administração colonial portuguesa em assegurar o abastecimento do arquipélago, referindo mesmo a hipótese de recurso aos britânicos para garrantir esses meios.
Na Carta-Relatório dirigida ao ministro das Colónias, Francisco José Caeiro, com data de 30 de setembro de 1942, por Henrique Galvão, inspetor superior colonial, encarregue de inquirir sobre a situação das fomes de 1942 em Cabo Verde e o papel dos comerciantes locais, afirma-se textualmente que este era "um comerciante de passado escuro e ideologia política avançada".
O certo é que Abílio Monteiro de Macedo foi encarcerado no Campo de Concentração do Tarrafal de 10-09-1942 a 26-10-1942, sendo posteriormente sujeito a outras medidas de coação, em especial de "residência fixa".
Nestas circunstâncias, não foram enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal Salomão Benoliel, Presidente da Associação Comercial de Santiago, que estava entretanto hospitalizado na Cidade da Praia e Sérgio Barbosa Mendes, "um comerciante que hoje é considerado a pessoa mais rica" da ilha de Santiago, que estava em Lisboa "para onde foi, segundo ele próprio dizia, «comprar gente»"
Faleceu na Cidade da Praia, em Cabo Verde, em 1965, com 79 anos de idade.