Nasceu em 1897 em Coimbra, filho de Amélia Machado de Moura e de Augusto de Moura.
Cerâmico de profissão e escultor, pontificava nos meios anarquistas e libertários de Coimbra durante as décadas de 1910 e de 1920. Muito ativo no associativismo conimbricense, foi animador do Centro Libertário "Regeneração Social" e membro dos grupos anarquistas "Homens do Futuro" e "Os Rebeldes" que editava o jornal Luz ao Povo e ao qual pertencia Arnaldo Simões Januário, morto no Campo de Concentração do Tarrafal em 1938.
Após o golpe de 28 de maio de 1926 e a imposição da Ditadura Militar, Afonso de Moura foi preso, pela primeira vez, em 1927, sendo libertado no mesmo dia.
Foi novamente preso a 23 de dezembro de 1930, acusado de estar envolvido na organização de um grupo civil contra a Ditadura, juntamente com Henrique Magalhães e Hermenegildo Granadeiro. Foi deportado para Cabo Verde em 6 de junho de 1931 no vapor Pedro Gomes.
Vítima das deficientes condições de higiene e salubridade e atingido por elevadas febres, viria a morrer, seis meses após ter chegado, a 7 de dezembro de 1931, na Ilha de São Nicolau em Cabo Verde, onde se encontrava deportado.
O também anarquista Roberto das Neves descreve-o como "um dos homens mais inteligentes, mais leais e mais destemidos que tenho conhecido, uma espécie de Suvarine do Germinal de Zola.”
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Afonso de Moura
Data aproximada da primeira prisão
1927