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Alberto de Almeida

Fotografia desconhecida
Data da primeira prisão

Natural de Viseu, filho de Manuel de Almeida e de Maria do Carmo de Almeida.
Pintor, antigo empregado da Câmara Municipal de Lisboa, foi preso no dia 26 de agosto de 1931 por militares na área da Avenida António Augusto de Aguiar e levado para o Batalhão de Caçadores 5, seguindo depois para a Penitenciária de Lisboa. 
Acusado de ter participado na Revolta contra a Ditadura Militar desse mesmo dia 26 de janeiro de 1931, Alberto de Almeida foi levado, a 2 de setembro, da Penitenciária para o navio "Pedro Gomes" que o levaria para a colónia de Timor com mais 357 deportados (271 civis e 87 militares).
Desembarcado em Dili cerca mês e meio depois, a 16 de outubro, é levado para o campo de concentração instalado na Ilha de Ataúro, conhecida pelo clima insalubre e temperaturas muito elevadas, situação agravada pelas deficientes condições em que fora colocados cerca de 350 deportados da Revolta de 26 de janeiro de 1931, em três barracões feitos de troncos de árvore e vedados com ramagens e cobertos de capim. 
Os presos padeceram de falta de água potável (era transportada em canos de ferro de onde saía com uma temperatura que rondava os 50 graus) e de alimentação muito deficiente (geralmente à base de búfalo e arroz) - originando grave problemas de saúde, a que não foram alheios também os castigos corporais aplicados pelos carcereiros.
Não se conhece com rigor o que se passou com Alberto de Almeida. Segundo diversas informações, terá enlouquecido naquele campo de concentração, perdendo a fala. O Ministério do Interior registou que teria morrido a 25 de maio de 1932. No entanto, existe documentação que refere a sua morte causada por biliosa no dia 8 de janeiro de 1932, quando seguia numa lancha que o transportava de Ataúro para o hospital de Dili. Tinha 25 anos e nunca foi sequer julgado.