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Aníbal da Silva Bizarro

Aníbal da Silva Bizarro
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Data da primeira prisão

Nasceu em Lisboa, em 21 de fevereiro de 1908, filho de Gertrudes Fortunato de Sousa e de Luís da Silva Bizarro.
Pintor, com residência na Travessa das Amoreiras, era membro do Partido Comunista e desenvolveu intensa atividade política em meados da década de 1930, com responsabilidades no Comité de Zona N.º 1 de Lisboa, intervenção em várias células, nomeadamente as do “Diário de Notícias” e do restaurante “Leão de Ouro”, que controlava, e atividades em tipografias clandestinas, onde terá colaborado com Luísa Chagas da Costa.
A militância comunista, sob os pseudónimos de "Russo" e “Vítor”, foi detetada pela PVDE em dezembro de 1935, tendo sido preso pela PSP em 11 de abril de 1937. Transferido, em 15 de maio, para a Cadeia do Aljube, embarcou, em 5 de junho, sem julgamento, para Cabo Verde.
Regressou do Tarrafal em 1 de outubro de 1944 e foi enviado para Caxias. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 1 de novembro, foi condenado em 23 meses de prisão, depois de ter passado 7 anos e 205 dias em "prisão preventiva", e na perda dos direitos políticos por cinco anos, saindo em liberdade no dia 8.
Manteve atividade política, sendo por seu intermédio que, quando trabalhava na empresa Philips, o advogado Mário da Costa Carvalho Gonçalves de Morais e Castro e sua mulher, Maria Cesarina Martins Tavares Gonçalves de Castro, terão entrado para o Partido Comunista, funcionando a casa deste casal, em Campo de Ourique e, posteriormente, na Graça, como local de apoio ao Comité Central do PCP e, mais tarde, como local de refúgio de Álvaro Cunhal, após a sua fuga de Peniche. Esteve emigrado no Congo.