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António Augusto Russo

António Augusto Russo
O Bastardo
5566
Data da primeira prisão

Natural de Benavente, nasceu a 7 de Março de 1908, filho de Maria Antónia Neves e de Joaquim Russo Borrega.
Preso pela 1ª vez pela PVDE, em 21 de Dezembro de 1936, por “deter material explosivo”, recolheu incomunicável a uma esquadra, de onde foi transferido, sucessivamente, para  a 1ª Esquadra (4-12-1937), Cadeia do Aljube (11-02-37), Fortaleza Militar de Peniche (17-03-37), Cadeia do Aljube (1-06-37) e Campo de Concentração do Tarrafal, Cabo Verde, em 5 de Junho de 1937.
Regressou à “Metrópole” a 15 de Julho de 1940 e deu entrada no Reduto Norte da Cadeia de Caxias. Em 30 de Julho de 1940 foi julgado pelo Tribunal Militar Especial (TME), tendo sido condenado na pena de “12 anos de degredo numa das colónias, com prisão no lugar da Colónia, na multa de 20 000$00 e posto à disposição do Governo nos termos do art.º 43 do Dec. 23 203”.
Descontada metade da prisão sofrida, a pena aplicada ficou reduzida a 10 anos e 61 dias e, a 14 de Setembro de 1940, voltou ao Campo de Concentração do Tarrafal. Em 19 de Outubro de 1940, o TME julgou um recurso seu e confirmou a pena que lhe havia sido anteriormente aplicada. Por sentença do Tribunal de Execução de Penas (TEP) de Lisboa, em 29 de Junho de 1951, foi-lhe concedida a liberdade condicional por 3 anos e fixada a residência em Cabo Verde, só podendo deslocar-se dali por motivo de saúde ou outro motivo autorizado pela direcção do Campo de Concentração do Tarrafal, “a cargo de quem ficou a vigilância”. 
Restituído à liberdade condicional em 27 de Julho de 1951, fez a sua apresentação na sede da PIDE a 29 de Setembro de 1951 e ficou a viver no Montijo. Por despacho de 29 de Março de 1952 do Tribunal da Execução das Penas (TEP), foi autorizado a fixar residência no concelho de Santa Catarina da Ilha de Santiago (Cabo Verde). Embarcou para Cabo Verde em 25 de Junho de 1952 e, em 13 de Outubro de 1954, foi restituído à liberdade definitiva, pelo TEP.