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António Marques Monteiro

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Data da primeira prisão

António Marques Monteiro (Antonico), nasceu em Luanda a 19 de julho de 1920, filho de António Monteiro e de Maria da Nazaré Nunes.
De formação Seminarista, foi funcionário do Banco de Angola, em Luanda.
Ativista político e nacionalista, foi membro do MIA (Movimento para a Independência de Angola), uma das organizações que vieram a integrar o MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola. Esteve ligado ao cónego Manuel das Neves e ao padre Joaquim Pinto de Andrade, participando em diversas reuniões clandestinas para a definição de estratégias de luta pela independência de Angola.
Foi preso pela PIDE em 5 de junho de 1959 e violentamente torturado, sendo internado na Clínica Neuro Psiquiátrica de Luanda. Foi depois transferido para a Casa de Reclusão (Fortaleza do Penedo) – um dos objetivos dos patriotas angolanos que tomaram de assalto as cadeias de Luanda, a 4 de fevereiro de 1961, data do início da luta armada em Angola.
Levado a Tribunal Militar Territorial de Angola num dos três processos então organizados pela PIDE contra vários nacionalistas angolanos (que ficaram conhecidos como “Processo dos 50”), assumiu a sua própria defesa, recusando o advogado militar sugerido pela PIDE, uma vez que a sua a advogada, Dra. Maria do Carmo Medina, tinha sido retida em Portugal pela PIDE, não podendo deslocar-se até Luanda para comparecer na sua defesa. 
Em 2 de Dezembro de 1961, foi condenado no tribunal militar seguindo, a 25 de fevereiro de 1962, para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Contestou a pena que lhe foi imposta alegando que a sua luta era justa, pacífica, e que era um direito seu, natural e internacional, e que pretendia pura e simplesmente, a independência total, imediata e incondicional de Angola. 
Gravemente doente, vítima dos maus tratos, foi libertado em 2 de dezembro de 1964, vindo a falecer em Luanda no dia 26 de Julho de 1967.