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Armando Martins de Carvalho

Sem fotografia
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Data da primeira prisão

Nasceu no Beato, Lisboa, c. de 1914, filho de Quitéria Martins e de José Augusto de Carvalho. Marceneiro, com residência na Ilha do Grilo, no Beato, participou, desde 1932, no movimento sindical e, em 1933, passou a fazer parte da célula n.º 18 das Juventudes Comunistas Portuguesas, onde era o militante 182.
Secretário da Agitação e Propaganda daquela célula, tendo a cargo a circulação das publicações clandestinas, nomeadamente panfletos e manifestos, foi preso em 4 de fevereiro de 1934, ficando incomunicável na 21.ª esquadra (Campolide). Foi depois transferido, em 26 de fevereiro, para a 1.ª esquadra, no Governo Civil, e, em 3 de abril, para a Cadeia do Aljube.
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 19 de dezembro, foi condenado a quinze meses de prisão correcional e perda de direitos políticos por cinco anos, sendo transferido, em 19 de fevereiro de 1935, do Aljube para Peniche, de onde foi libertado, por ordem do TME, em 11 de maio.
Preso de novo em 17 de maio de 1936, no Barreiro, por “propaganda comunista”, recolheu, incomunicável, à 15.ª esquadra (Caminho de Ferro) e, em 3 de junho, voltou a ser enviado para os calabouços do Governo Civil, seguindo, em 28 de julho, para o Forte de Peniche.
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 31 de outubro e condenado a quatro anos de prisão correcional, voltou a ficar encarcerado na 1.ª esquadra e no Aljube até regressar, em 20 de novembro, à Fortaleza de Peniche.
Voltou ao Aljube em 1 de junho de 1937 e, em 5 de junho embarcou para Cabo Verde, enviado para o Campo de Concentraçãodo Tarrafal. Apesar de, em 8 de maio de 1940, ter sido emitido mandado de soltura, este não foi cumprido por ordem do diretor da PVDE, “por presentemente haver inconveniente na sua libertação”. Permaneceu no Tarrafal mais cinco anos e cinco meses. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-lei n.º 35.041, de 18 de outubro de 1945, regressou a Lisboa, no paquete “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946, saindo em liberdade. Manteve, depois, atividade política.