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Artur Inácio Bastos

Artur Inácio Bastos
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Data da primeira prisão

Nasceu em Santa Catarina, Lisboa, em 30 de abril de 1904, filho de Rosa de Oliveira Pomba e de Carlos Inácio Bastos.
Estofador, integrou, em 8 de julho de 1926, a lista arbitrária de trinta e um presos por ordem do Comandante da Polícia, capitão João Carlos de Azevedo Franco, a partir dos registos de indivíduos com cadastro político e social, apenas por serem “conhecidos na polícia como agitadores e legionários”. Conduzido para os calabouços do Governo Civil, terá emigrado para o Brasil, de onde foi expulso em 1928.
Aquando da revolta militar franquista contra a República Espanhola, combateu do lado republicano, tendo passado pela Escola de Carabineros de Castellón de la Plana, dirigida pelo militar e exilado português Alexandrino dos Santos.
Com o desenlace da guerra, refugiou-se em França, onde esteve internado no campo de Gurs. Referenciado pela PVDE como “carabineiro do exército marxista espanhol”, foi preso na fronteira, em Beirã, em 21 de janeiro de 1941, “por estar incurso na Circular Confidencial 742 dos S.S.”. Levado, no dia seguinte, para a 1.ª esquadra, seguiu, em 6 de fevereiro, para Caxias e foi entregue, no dia 20, ao Governo Militar de Lisboa.
Voltou a ser preso em 23 de setembro de 1941, “para averiguações”. Levado para a 1.ª esquadra, passou sucessivamente pelas várias cadeias: Caxias, em 28 de outubro; Peniche, em 2 de novembro; e Aljube, em 27 de dezembro.
Deportado, em 8 de janeiro de 1942, para o Campo de Concentração do Tarrafal, sem julgamento ou condenação, foi abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945. Regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946 e saiu em liberdade.
Foi detido novamente em 31 de março de 1949, “para averiguações”, sendo suspeito de exercer atividades subversivas, Levado para Caxias e, transferido, em 29 de abril para o Aljube, entrou na sua enfermaria dias depois. Libertado em 24 de maio de 1949.