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Eduardo Valente Neto

Eduardo Valente Neto
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Data da primeira prisão

Nasceu em Pardilhó, concelho de Estarreja, em 1898 ou 1899, filho de Jacinta da Conceição Aguiar e de António Joaquim Valente Neto. Marítimo (fragateiro), com residência no Beco de S. Miguel, Alfama, integrou a Célula 24 do Comité de Zona N.º 4 do Partido Comunista Português e esteve envolvido nos preparativos da jornada de luta preparada para o dia 29 de Fevereiro de 1932, a qual acabou por não se realizar devido à prisão dalguns dos implicados.
Preso em 24 de Abril de 1932, quando assistia, em Monsanto, à demonstração e instrução de lançamentos de bombas a utilizar nas comemorações do 1.º de Maio. Considerado um “elemento perigoso e desembaraçado”, em 10 de agosto, por parecer do Diretor-Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, foi determinado que lhe fosse fixada residência obrigatória em Cabo Verde ou em Timor, dando entrada na Penitenciária, onde ficou a aguardar a oportunidade de embarque.
Acusado de “bombista” e julgado pelo Tribunal Militar Especial em 20 de outubro de 1934, foi condenado em dez anos de degredo, com prisão no local, e multa de vinte mil escudos. Novamente julgado em 3 de novembro, por ter interposto recurso, viu confirmada a sentença anterior. Transferido do Aljube para Peniche em 19 de dezembro.
Regressou a Lisboa em 20 de março para embarcar, em 23 de março de 1935, para a Fortaleza de São João Batista, em Angra do Heroísmo e, em 23 de outubro de 1936, seguiu para o Tarrafal. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de outubro de 1945, regressou a Lisboa, no paquete “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946, saindo em liberdade.