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Felicíssimo António Ferreira

Felicíssimo António Ferreira
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Data da primeira prisão

Nasceu em Lisboa, em 6 de abril de 1895, filho de Maria da Conceição Ferreira e de José Inácio Ferreira.
Pintor decorador, a residir e a trabalhar em Espanha, foi preso em 18 de agosto de 1936, na fronteira de Valença, por ter sido expulso daquele país “por indesejável”. Levado para a cadeia civil da Comarca de Valença e transferido, no dia seguinte, para a Delegação do Porto da PVDE, seguiu, em 15 de outubro, para Caxias, a fim de embarcar no vapor «Luanda» com destino a Angra do Heroísmo e Cabo Verde. Para tal, terá contribuído o facto de constarem no cadastro nove prisões em Lisboa, “oito por desordem e agressão” e “a restante aquando do movimento revolucionário de 7 de fevereiro, tendo sido deportado para Angola”, e não qualquer ação em Espanha, de que não se fez prova nos autos.
Testemunhos de outros tarrafalistas, também menorizam a intervenção e consciência políticas deste preso “luso-galaico”, que regressou do Tarrafal em 8 de fevereiro de 1940, saindo em liberdade.
Preso de novo pela PSP de Santarém e, em 21 de fevereiro de 1941, posto à disposição da PVDE, acusado de fazer “propaganda subversiva”. Transferido, em 6 de março, dos calabouços daquela polícia para uma esquadra de Lisboa, em regime de incomunicabilidade, passou, em 10 de março, para a 1.ª esquadra e acabou por ser libertado em 18 de março.