Nasceu em Luanda a 02-7-1928, filho de Eduardo Leitão Pereira e de Madalena Van-Dúnem.
Empregado comercial, foi preso em 1959 na vaga de prisões da PIDE que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como "Processo dos 50". Acusado de pertencer ao Movimento para a Independência de Angola (MIA), cujos elementos mais tarde integraram o MPLA, foi julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola (Processo 34/60). Foi sentenciado (02-12-1961) a 18 meses de prisão (já cumpridos à data da condenação) e à perda de todos os direitos políticos por 5 anos, além de medidas de segurança com internamento de 6 meses a 3 anos, prorrogáveis. Foram essas medidas que justificaram o envio para o Tarrafal.
Chegou ao Campo do Tarrafal a 25-02-1962, sendo libertado a 02-12-1964.