Natural de Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde, trabalhador mineiro. Nasceu em 25 de dezembro de 1902, filho de Maria Pedro e de José Francisco Leitão.
Entregue na sede da PVDE, em 9 de janeiro de 1940, pelo Delegado do Procurador da República na Comarca de Beja, ficando à ordem do Tribunal Militar Especial. Enviado para a Cadeia do Aljube, foi julgado pelo TME no dia seguinte (10-01-1940), acusado de ser detentor de um punhal, tendo sido condenado na pena de 3 anos de degredo numa das colónias.
Em 16 de janeiro de 1940 foi transferido para o Forte de Caxias e, em 23 de fevereiro de 1940, embarcou para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Foi libertado 5 anos depois, em 20 de fevereiro de 1945 e regressou a Lisboa.
"Por redução propositada do rendimento normal do trabalho", foram despedidos, em 9 de maio de 1959, 23 trabalhadores da Mina de Algares, em Aljustrel. Cerca de um ano depois, a 8 de abril de 1960, a luta contra esses despedimentos leva à ocupação da mina, durante 1 dia e meio, e da sede do Sindicato Nacional dos Mineiros. A intervenção das forças policiais enviou para o Forte de Peniche dezenas de trabalhadores (jornal Lidador, Beja, 08-04-2016)
Nessa greve João Pedro Leitão será preso novamente pela PIDE, a 9 de abril de 1960, por “paralisação de trabalho”, dando entrada no Forte de Caxias no dia seguinte, sendo libertado em 11 de maio de 1960.
Faleceu em Aljustrel em 25 de dezembro de 1977.
