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Joaquim Duarte

Joaquim Duarte ou Joaquim Duarte Ferreira
ou Joaquim Duarte Ferreira
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Data da primeira prisão

Nasceu em Póvoa de S. Martinho do Bispo, Coimbra, provavelmente em 1910, filho de Maria Júlia Taborda e de António Duarte.

Pedreiro - estucador anarcossindicalista, a residir na Póvoa de S. Martinho do Bispo, participou nos preparativos da greve de 18 de janeiro de 1934 em Coimbra, tendo colaborado no transporte de dez bombas de choque entre Bencanta e Coimbra, as quais haviam sido trazidas de Lisboa em novembro do ano anterior.
Preso e entregue, em 25 de janeiro de 1934, pelo Comando da PSP de Coimbra à PVDE, foi levado, tal como os restantes detidos daquela cidade, para a Casa de Reclusão da Trafaria. Referenciado como “bombista” e acusado do transporte de uma bomba de dinamite, de rastilho, para o sítio da “Guarda Inglesa”, seria julgado pelo Tribunal Militar Especial em 9 de fevereiro de 1934 e condenado na pena de 12 anos de degredo e vinte mil escudos de multa, ficando à disposição do Governo.Em audiência de recurso, datada de 10 de março, confirmou-se aquela sentença.
Passou, em 13 de outubro, da 1.ª esquadra para a Cadeia do o Aljube e, em 19 de dezembro, seguiu para Peniche. Regressou a Lisboa no dia 20 de março de 1935, para embarcar, no dia 23, no “Carvalho Araújo”, tendo por destino a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo, Açores.
Transferido, em 23 de outubro de 1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde integrou a Organização Libertária Prisional e era um elemento de destaque, tendo assistido aos últimos momentos de vida do camarada Paulo José Dias. Entregue, em 31 de dezembro de 1945, ao Ministério da Justiça, o Tribunal de Exceção de Penas, por proposta do Diretor da Colónia Penal, concedeu-lhe, em 8 de agosto de 1949, a liberdade condicional por três anos mediante certas condições, entre as quais a de fixar a residência na Póvoa de S. Martinho do Bispo, abster-se de atividades políticas, aceitar a proteção e indicações duma Instituição do Patronato, ficando sob a vigilância da PIDE, em cuja delegação de Coimbra deveria fazer as suas apresentações. Regressou em 11 de novembro de 1949 e obteve a liberdade definitiva em 27 de outubro de 1952.