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José Bernardo

José Bernardo
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Data da primeira prisão

Terá nascido em Prados, Celorico da Beira, em 1907 ou 1908, filho de Adelaide Ferreira e Pedro Bernardo. 
Soldador na Sociedade Mecânica Setubalense, integrou, em 1931-1932, a direção do Sindicato Único dos Trabalhadores das Fábricas de Conservas de Setúbal e terá estado envolvido, em 1932, nos protestos contra a imposição, pelo Governo, do desconto de 2% dos salários dos operários a reverter para o Fundo do Desemprego. Anarcossindicalista, participou nos preparativos para a Greve de 18 de janeiro de 1934, tendo, no entanto, sido preso pelo Comando Distrital de Setúbal da PSP uma semana antes, no dia 11, por andar a testar explosivos a utilizar naquela data. 
Entregue, a 23 de janeiro, na Seção Política e Social da PVDE, seguiu, em 5 de fevereiro, para a Casa de Reclusão do Governo Militar de Lisboa, na Trafaria. Em 29 de setembro, foi transferido para a Cadeia do Aljube, a fim de ser julgado pelo Tribunal Militar Especial em 10 de outubro. 
Acusado de, em dezembro de 1933 e janeiro de 1934, “fazer parte do Comité Grevista Revolucionário de Setúbal, tendo efetuado várias reuniões nos arredores daquela cidade”, foi condenado na pena de três anos de desterro, multa de seis mil escudos e perda dos direitos políticos por dez anos. 
Transferido, em 19 de dezembro, do Aljube para Peniche, seguiu, em 8 de junho de 1935, para Angra do Heroísmo e, em outubro de 1936, passou para o Tarrafal, de onde regressou em 15 de julho de 1940. Libertado nesta data por ter sido amnistiado. Faleceu em 29 de novembro de 1987, em Setúbal.