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José Tavares de Almeida

José Tavares de Almeida
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Data da primeira prisão

Nasceu no Montijo, provavelmente em 1911, filho de Emília Tavares de Almeida.
Telegrafista da Marinha Mercante, foi preso em 22 de janeiro de 1934, por um tenente da GNR, “por andar a inutilizar os cartazes de propaganda do Estado Novo” - sendo libertado em 25 de janeiro.
Emigrou, por falta de trabalho em Lisboa, para Espanha, onde esteve detido na prisão provincial de Badajoz, “por suspeita de revolucionário agitador” e “onde se relacionou com vários presos por questões sociais”. Libertado em 19 de fevereiro de 1935, entrou legalmente em Portugal e, no dia seguinte, foi preso pela PSP de Lisboa, por «andar a fazer a distribuição de exemplares do jornal clandestino espanhol “Bandera Roja”, editado pelo P. C. Espanhol». Nesta detenção, a polícia apurou que mantinha correspondência com ativistas espanhóis considerados revolucionários. Levado para a 1.ª esquadra, foi acusado de insubordinação e transferido, em 16 de maio, para Peniche, regressando, em 28 de junho, aos calabouços do Governo Civil. Entrou no Aljube em 6 de julho, a fim de ser julgado nesse mesmo dia pelo Tribunal Militar Especial: considerado “extremista”, seria condenado em 22 meses de prisão correcional e perda dos direitos políticos por cinco anos, regressando a Peniche no dia 11.
Transferido, em 14 de outubro de 1936, para Caxias, seguiu, no dia 18, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu muito para além da pena a que fora condenado. Regressou no dia 20 de fevereiro de 1945 e saiu em liberdade, ficando a residir em Lisboa.