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José Ventura

José Ventura ou José Ventura Paixão
ou José Ventura Paixão
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Data da primeira prisão

Nasceu em São Martinho do Bispo, concelho de Coimbra, em 19 de março de 1901, filho de Maria Paixão e de Manuel Ventura.

Pedreiro, com residência em Lugar da Fala, esteve envolvido, com Bernardo Casaleiro Pratas e José Alexandre, na sabotagem com dinamite dos transformadores de corrente da União Elétrica Portuguesa ocorrida na madrugada de 18 de Janeiro de 1934, deixando a cidade de Coimbra às escuras.

Preso e enviado para Lisboa em 26 de janeiro, o anarquista José Ventura foi julgado pelo Tribunal Militar Especial em 9 de fevereiro de 1934 e condenado em 18 anos de degredo, com prisão, e vinte mil escudos de multa, ficando à disposição do Governo.

Novamente submetido a julgamento em 10 de março, por ter interposto recurso, o TME manteve a sentença anteriormente aplicada e, em 8 de setembro de 1934, José Ventura Paixão seguiu para Angra do Heroísmo, com destino à Fortaleza de São João Baptista, e dois anos depois, em 23 de Outubro de 1936, teve como destino o Tarrafal, onde integrou a Organização Libertária Prisional.

Entregue, em 31 de dezembro de 1945, ao Ministério da Justiça, permaneceu no Tarrafal até final de 1953, tendo dado entrada em Peniche em 31 de dezembro deste ano. Depois de mais de 21 anos de cativeiro, saiu em liberdade condicional em 14 de março de 1955 e em 30 de março de 1960, por sentença do Tribunal de Execução das Penas de Lisboa, foi-lhe concedida a liberdade definitiva.