Filho de Guilhermina de Jesus Marques e de Gervásio Marques, Júlio de Sousa Marques nasceu na Marinha Grande em 1 de março de 1905.
Operário vidreiro, registado na Polícia de Vigilância e Defesa do Estado como "O filho do mestre Gervásio", Júlio de Sousa Marques interveio nos preparativos da greve geral de 1934, em ligação com José Gregório e Miguel Barbeiro, tendo participado no assalto ao posto local da GNR.
Preso e entregue à PVDE em 5 de fevereiro de 1934, foi julgado pelo Tribunal Militar Especial reunido na Trafaria em 24 do mesmo mês e condenado a 5 anos de degredo e perda dos direitos políticos por 10 anos.
Interpôs recurso e, tendo o mesmo tribunal confirmado a sentença, foi deportado para Angra do Heroísmo em 8 de setembro.
Dois anos depois, em 23 de outubro de 1936, integrou a primeira leva de presos políticos enviada para o Tarrafal, onde desembarcou em 29 do mesmo mês.
Regressou do Tarrafal em 15 de julho de 1940 e libertado após 6 anos e meio de prisão, foi viver para Engenho, freguesia da Marinha Grande.
Detido, novamente, em 1 de outubro de 1941, foi libertado a 3 de novembro.
Faleceu em 1967, aos 61 anos de idade.